Apesar de ser uma das técnicas mais realizadas no salão, a despigmentação capilar ainda gera muita polêmica. Aqui, um guia para deixar tudo às claras

Michel Dervyn     A confusão já começa pelo nome: descoloração, despigmentação e decapagem são a mesma coisa. Porém, esta última está em desuso, principalmente por quem não quer parecer out. Isso porque o termo teve seu auge nos anos 1950 e 1960, quando a coloração não tinha tecnologia suficiente para tingir os fios – primeiro, era preciso fazer uma limpeza dos pigmentos para só então aplicar a cor. Outra confusão clássica é achar que dá para usar tintura no lugar de descolorante. “É impossível comparar a atuação desses dois produtos. Tudo bem que a tinta clareia e colore ao mesmo tempo, mas ela não vai além de quatro tons, enquanto o descolorante aumenta até dez e permite fazer mechas”, diz o cabeleireiro Eron Araújo, do salão Studio W Iguatemi, em São Paulo. Como descolorir não tem receita, para acertar a mão, literalmente, é preciso compreender o mecanismo de ação do produto e ficar craque em algumas regrinhas básicas. Pronto para começar? Por dentro do pote O agente clareador do descolorante pode ser a amônia ou o peróxido de hidrogênio. A decisão sobre qual usar depende da situação dos fios que vão ser trabalhados. Como a amônia abre as cutículas com facilidade e rapidez, costuma ser mais usada nos virgens, médios, grossos ou escuros, o que ainda reduz o risco de eles ganharem mechas avermelhadas. Em contrapartida, o peróxido de hidrogênio age mais lentamente, o que permite ter maior controle em um cabelo claro, alisado, colorido ou com qualquer outro tipo de química. Em relação à tecnologia, uma das melhores novidades é a chamada dust free, que indica um descolorante com peso molecular maior do que a versão tradicional. “Com isso, o pó não levanta ao ser manipulado, formando uma nuvem. Isso evita o desperdício e a inalação da substância, que pode causar dor de cabeça, náusea, formigamento no rosto e vermelhidão nos olhos, entre outros efeitos colaterais”, explica o químico Everton de Freitas, especialista em desenvolvimento de produtos capilares da Biotec Dermocosméticos, em São Paulo. Já o selo “amônia free” é usado apenas para reforçar que, em vez de amônia, o descolorante contém peróxido de hidrogênio. Oxidar é preciso O oxidante, também conhecido como OX ou água oxigenada, contém oxigênio em sua formulação e é o responsável por ativar o peróxido de hidrogênio ou a amônia do pó descolorante. “Verdade seja dita, a água oxigenada sozinha até consegue descolorir, mas o resultado é muito suave porque ela abre a cutícula superficialmente”, avisa Eron Araújo. Isso ajuda a entender por que quanto mais alta a volumagem do oxidante, mais acelerado é o processo de descoloração. “Como fazer mechas é um processo demorado, é normal começar com uma volumagem 10 na parte de baixo e de trás da cabeça, usar 20 ou 30 na da frente e 40 no topo. Já para uma despigmentação segura e controlada no cabelo inteiro, geralmente é usada volumagem 10 ou 20”, diz a cabeleireira Elaine Cristina Vicente, técnica da Truss, em São José do Rio Preto (SP). Em tempo: no lugar da volumagem, algumas marcas usam os números em porcentagem. Assim, 3% significa que o cosmético tem 10 volumes, 6% é o mesmo que 20 volumes, 9% que 30 volumes e 12%, 40 volumes. “Em relação à mistura de descolorante com água oxigenada, cada fabricante tem a sua receita indicada na bula. Mas geralmente eles usam a referência 1 para 1 ou 1 para 2, ou seja, uma medida de pó para uma ou duas de água oxigenada”, esclarece Sabrina Rosa, desenvolvedora de produtos da De Sírius, em Alvorada (RS).     Toni&Guy     Hora de colorir Matizar é colocar cor no cabelo e passo essencial depois da descoloração. “Nessa hora, o tonalizante é a melhor pedida porque ele tem mais pigmento do que a tintura permanente”, avisa a técnica da Truss. Segundo ela, a descoloração e a matização podem ser feitas no mesmo dia, uma seguida da outra, e no lavatório, já que o tonalizante vai agir rapidamente, em cerca de três minutos. Pode ser passado sobre a touca de silicone, se você tiver feito mechas, ou na cabeça inteira de uma só vez, se a descoloração foi realizada no cabelo inteiro ou em algumas mechas para fazer reflexos – o que, de quebra, dá uma reavivada na cor de fundo. O mesmo efeito é conseguido por quem prefere levar a cliente novamente à cadeira depois de enxaguar o descolorante, secar os fios para só então aplicar o tonalizante, porém isso vai exigir muito mais tempo e trabalho. Seja qual for a sua escolha, só não vale descolorir e mandar a cliente para casa. É que o louro despigmentado é amarelado, e para chegar em um tom de louro mais puro é preciso deixá-lo bem claro, o que pode destruir o fio. Nesse caso, a melhor opção é descolorir e, em seguida, aplicar um tonalizante para conquistar uma cor com aspecto natural. De olhos bem abertos O segredo para se sentir confiante ao fazer uma descoloração é conversar com a cliente sobre os produtos que ela utilizou, os cuidados que tem em casa e analisar a resistência do fio. Mesmo que ele seja virgem, o teste da mecha é fundamental. E fazer é fácil: separe um tufo na região da nuca e aplique o descolorante. Aguarde o tempo de pausa recomendado pelo fabricante, enxágue e verifique se ele está resistente – se o procedimento. Mas se estiver forte, pode aplicar o produto no restante da cabeleira. E lembre-se: alisamento e descoloração podem ser feitos no mesmo cabelo, mas nunca no mesmo dia. “O ideal é dar um intervalo de pelo menos 15 dias entre os procedimentos para não fragilizar a fibra capilar e, nesse meio tempo, pedir para a cliente fazer hidratações semanais com queratina”, indica Everton de Freitas. Porém, descolorante não combina com alisante que colore, caso do henê, que pode quebrar os fios.

Mais importante do que ter um lindo sapato no armário é saber como deixá-lo em bom estado. Aprenda como limpar e engraxar cada tipo de sapato:

Sapatos de couro

• Se o sapato estiver limpo, simplesmente passe uma escova seca nele. (de preferência com uma escova especial para sapatos)
• No caso dos sapatos muito sujos, lave-os com sabão especial para couro. (fácil de encontrar em lojas do ramo)
• Tire as manchas de sal, gorduras e alcatrão com um tira-nódoas adequado.
• Use cera ou graxa da cor do seu sapato. Esfregue bem com um pano macio para o produto penetrar no couro, depois volte a esfregar com uma flanela limpa ou uma escova bem macia.
• Dê um lustre com um pano limpo e macio e aplique em seguida um produto de proteção para couro, deixe secar em ambiente ventilado para evitar o cheiro forte desses produtos.

Sapatos de camurça

• Com os sapatos bem secos, raspe a maior parte da lama (se houver) com as costas de uma faca; depois escove os sapatos com uma escova especial para camurça, fazendo movimentos circulares.
• Com uma pequena esponja molhada com água e sabonete, retire as marcas causadas por amassados e pisões.
• Se a sujeira estiver entranhada, utilize um xampu apropriado para camurça. Lembre-se de seguir as recomendações de uso do fabricante do xampu.
• No caso de manchas mais difíceis você pode utilizar um tira-nódoas. (que é fácil de encontrar em sapatarias e supermercados)

Sapatos de lona e tênis

• Escove o pó e a lama assim que os sapatos se encontrarem secos.
• Lave as nódoas com as mãos ou ponha os sapatos numa fronha e lave-os numa máquina de lavar.
• Aplique um produto de limpeza para tecidos de cor quando os sapatos estiverem secos.
• Evite secar os sapatos ao sol, deixe em local ventilado e com luz, mas que não pegue sol diretamente.
• Os cadarços podem ser escovados com uma escova de dente velha, evite escovas mais grossas, pois podem desfiar os mesmos.

Gabriela, Cravo e Canela, personagem do escritor Jorge Amado, exibe madeixas de fazer inveja. Para você se inspirar e deixar as clientes ainda mais bonitas, CABELOS&CIA consultou cinco especialistas que revelaram o segredo dos cachos perfeitos da musa brasileira

Sucesso na década de 1970 com a atriz Sônia Braga, a minissérieGabriela voltou com tudo. Agora, quem interpreta a retirante do sertão que vai a Ilhéus (BA) dos anos 1920 para procurar emprego é Juliana Paes. Toda a sensualidade e a beleza brejeira da personagem se devem aos seus traços marcantes, à cor de sua pele e, é claro, à sua cabeleira maravilhosa, toda cacheada. Quem não deseja ter cabelos lindos e bem-tratados o tempo todo? E quanto mais naturais e saudáveis forem as madeixas, melhor! Corte, limpeza, nutrição e manutenção adequados são essenciais para manter os caracóis sempre perfeitos. Aqui, você vai encontrar os segredos definitivos (todos revelados) da forma, do brilho e do balanço dos cachos de Gabriela para as clientes que não abrem mão dos fios encaracolados. Forma Quando a cliente chega ao salão, ela deseja transformar as madeixas indomáveis e os cachos disformes em um cabelo poderoso de arrasar! Para isso, o cabeleireiro Wilson Eliodório, do Studio Wilson Eliodório (SP), explica que ondas perfeitas e domadas dependem de um corte apropriado.“Se o caracol for do tipo fraco e sem vida, deve ser aparado com tesoura corte de navalha, na horizontal, mecha a mecha. Já os mais grossos precisam ser cortados com navalha para afinar as pontas e criar definição”, ensina o expert. O cabeleireiro Cassius Martins, do Cassius Martins Cabeleireiros (PA), faz a mesma aposta. Para ele, fios muito compridos e retos fazem com que o cacheado se perca. “Por isso, algumas camadas longas devolvem aquele ar brejeiro ao visual. Isso vale para os curtos e médios também. Base reta com a parte da frente maior e as pontas repicadas deixam o look mais chique. E fuja das franjas. Elas ficam bem somente se a raiz for lisa”, explica Cassius. Wilson lembra que a hora da secagem é muito importante para controlar as madeixas. O profissional deve optar pelo difusor com o secador em velocidade baixa para não desmanchar o cacheado. Brilho Sabe aquele cabelo encaracolado luminoso, de comercial de xampu? Então, é com ele que a clientela deseja sair do salão. Mas o que acontece com as madeixas é o seguinte: por não ter a superfície lisa, o fio cacheado não reflete brilho. Então, o hairstylist Cláudio Miguel, do Cláudio Miguel Hair Design (RJ), diz que essa é uma das reclamações de suas clientes. Nesse caso, ele corrige o problema com a aplicação de sérum ou spray de brilho. Outros dois procedimentos importantíssimos para garantir a luminosidade das madeixas é a hidratação e a nutrição dos fios. “Dessa maneira, repomos a água e as proteínas que os fios perdem diariamente”, explica Cassius. Eliodório afirma que tratar o couro cabeludo é fundamental.“Gosto muito de fazer, após uma limpeza profunda, uma gomage, espécie de exfoliação nessa área. Aplico produtos mentolados que promovem a oxigenação do bulbo capilar”, recomenda o expert. Em seu salão, ele mesmo manipula as hidratações que faz. Wilson usa óleos essenciais, como o de jojoba, copaíba, coco e amêndoa, e proteína animal, como o tutano de boi. Balanço O andar faceiro de Gabriela reflete no movimento de suas madeixas. Mas para conseguir que os cachos tenham um balançar sincronizado e leve, a textura precisa estar impecável. “Em alguns casos, recomendo a selagem ou retexturização, que é um procedimento a seco, sem formol, que consegue domar a cabeleira, controlar o frizz, dar brilho sem destruir os caracóis”, diz Wilson. A cabeleireira Mônica Casado, do Fios de Cabelo (AL), é adepta desse tipo de processo, pois a fibra capilar fica toda alinhada, mais fácil de trabalhar. Para Cláudio Miguel, o profissional consegue um encaracolado se fizer um bom diagnóstico antes de indicar qualquer tratamento. A cliente, por sua vez, precisa continuar a manutenção em casa com os produtos adequados. “Finalizadores inadequados, que deixam o cabelo pesado, comprometem o balanço. Cuidado na hora de recomendá-los à pessoa. O corte também é responsável pelo caimento natural”, ressalta o cabeleireiro. O hairstylist Cassius dá algumas dicas para garantir o swing dos fios: lave, enxágue e desembarace-os. Aplique gotas de sérum nas pontas e uma bola de musse no comprimento. Com uma toalha seca ou papel absorvente, amasse delicadamente as madeixas. Depois, jogue-as de um lado para o outro, amasse-as e leve tudo para frente. Amasse novamente. Seque com difusor. Pronto. Eis que surgirá Gabriela!

A gente já sabe que o Super-Relaxante e a Linha de Manutenção são a combinação perfeita para conseguir um resultado 100%. No entanto, existem alguns detalhes que fazem total diferença. Um deles é a maneira como soltar os cachos. A gente preparou um passo a passo bem curto para ajudar na hora da finalização:

1- Para soltar os fios, é muito importante esperar que eles fiquem completamente secos. Algumas gotas do Reparador de Pontas do Beleza Natural nas mãos fazem toda a diferença na hora de soltar. Por isso, pingue algumas gotinhas e esfregue o produto nas mesmas, retocando sempre que necessário;

2- Comece fazendo movimento circulares na raiz, como se estivesse soltando as madeixas. Atenção para o movimento, que precisa ser suave;

3- Não se esqueça de puxar o comprimento para que o corte fique mais visível. Passe os dedos pelas madeixas e pare nas pontas, puxando para baixo suavemente;

4- Para soltar a parte da frente, coloque os dedos bem no começo dos fios, deslize um pouco e puxe as madeixas para cima.  Se a ideia é que o cabelo fique jogado para o lado, faça esse movimento com a mão posicionada mais para a lateral;

5- Concentre-se nas pontas e puxe mais um pouco de forma delicada;

6- O resultado final fica lindo! Se você tiver dificuldades, não se preocupe. Comece fazendo algumas tentativas em casa que, em pouco tempo, vocês vai ficar fera!

Por onde passa, a cantora norte-americana, que é a voz feminina da banda Black Eyed Peas, ar-ra-sa com seu estilo moderno e sexy. O hairstylist Sérgio Luis, do Espaço Juliana Paes, em Niterói (RJ), ensina os truques de corte, cor e make da sereia

Corte: indicado para rostos ovais, quadrados (como o de Fergie) ou triangulares. As pontas são desfiadas em camadas bem definidas e proporcionais ao formato da face. Para melhor resultado e acabamento, use tesoura fio navalha.

Cor: para loiros, como o da cantora, use bases frias ou opacas que compõem com harmonia as cores de fundo, comprimento e pontas. Faça luzes em 3D, que utiliza três ou mais tons de loiro. As cores são com base 8 (loiro-claro), com mel, acinzentado e platinado. No topo foi mantido o tom natural (base 7), puxando as luzes três dedos a partir da raiz. Pegue cada mecha e desfie para não marcar. Use o descolorante com o pincel de baixo para cima, formando um degradê.

Make: os olhos são o destaque, com a sombra preta em formato “gatinho” acompanhando a pálpebra móvel. Aplique com pincel molhado para a cor ficar intensa e esfume as bordas. O lápis preto contorna os olhos em cima e embaixo, na linha-d’água e um pouco além, rente aos cílios inferiores. Esfume com o pincel sujo de sombra preta. O blush em tom pêssego foi esfumado no centro das maçãs do rosto. Finalize com batom nude para o pêssego (ideal para loiras) acetinado. Use batom cintilante do mesmo tom no centro dos lábios.